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Alfredo Carneiro

Meu nome é Alfredo de Moraes Rêgo Carneiro, sou professor de filosofia graduado pela Universidade Católica de Brasília e pós-graduado em Filosofia e Existência pela mesma instituição. Criei o netmundi.org em 2010 para ajudar a difundir a Filosofia no Brasil.

Minha relação com a filosofia nasceu quando, ainda adolescente, comprei em um sebo o livro Discurso sobre o Método de Descartes para entender, afinal, quem era esse sujeito que todos diziam ter fundado a modernidade. Além do mais, quem me conhecia dizia que eu tinha um “pensamento muito cartesiano”. Eu não tinha a menor ideia do que seria isso, fato que só aumentou minha curiosidade.

Fiquei impressionado com o estilo claro de Descartes, com sua apresentação quase matemática das ideias e, mais ainda, em saber que a modernidade teria sido fundada por um livrinho tão fino. Surpreendentemente, não era um livro difícil como eu esperava. Sentia que aquela obra tinha uma poderosa energia e resolvi descobrir o que outros filósofos pensaram antes e depois de Descartes.

No início dos anos 90, eu era um estudante de Administração com então 17 anos. Consegui um emprego em uma empresa multinacional e gastava quase todo meu salário com livros de filosofia. Não era “sede de conhecimento” ou algum clichê do tipo. Eu gostava de ler essas obras por mera curiosidade. Não pensava na época em fazer um curso de filosofia. Me formei bem jovem em Administração, fiz pós-graduação em Engenharia de Software e trabalhei muitos anos como como Analista de Sistema para várias empresas conhecidas do mercado. Assim como a filosofia, a tecnologia sempre foi uma paixão para mim.

Desde então, comprei mais livros, conversei com muitas pessoas, li obras de vários filósofos. Entendi por que Nietzsche os chamou de “coisas maravilhosas”. Anos depois, resolvi cursar filosofia e, quando me formei, inconformado com o fim do curso, fiz uma pós-graduação para ficar um pouco mais. Tive o prazer e a sorte de trabalhar alguns anos como professor na SEEDF (Secretaria de Estado de Educação do DF). Foi uma experiência mágica.

Nunca pensei na filosofia como um pensar solitário e não concordo com “sábios teóricos” e eruditos. Acredito em Schopenhauer quando afirmou que “os promotores da espécie humana são aqueles que leram diretamente no livro do mundo”.

A filosofia, no meu entender, nasce da vida cotidiana, do diálogo e do confronto. Os livros e o estudo sistematizado são apoio para a reflexão, mas não substituem o pensamento próprio; ainda que nossa autonomia intelectual seja desenvolvida, de nada adianta pensar se isso não modifica tanto a nós mesmos quanto a realidade em que vivemos.

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