Falácias
Falácias não são apenas formas incorretas de argumentar, mas também formas incorretas de pensar. Contudo, mesmo pessoas inteligentes recorrem conscientemente às falácias, pois são atalhos para encurtar o debate, fugir do assunto ou enganar o público. Algumas falácias são sofisticadas e passam a impressão de argumentação válida. Muitas pessoas, principalmente líderes religiosos, empresários e políticos, as utilizam ostensivamente contando com o fanatismo, superstição, baixa escolaridade, fragilidade ou ingenuidade das pessoas. No argumento falacioso as premissas não sustentam a conclusão. Muitas falácias são difíceis de serem detectadas e acabam passando a ideia de argumento válido e coerente.
A falácia do falso dilema é comum em argumentos que apresentam duas opções como se fossem as únicas possíveis, ocultando assim outras opções. Essa falácia induz as pessoas a tomarem decisões equivocadas e basearem suas opiniões em informações incompletas. A falácia do falso dilema é também conhecida como “dicotomia falsa” ou “dilema aparente”. É frequentemente utilizada em debates políticos, comerciais e largamente difundida nas redes sociais. Por
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A falácia do espantalho é uma distorção do que realmente foi dito, criando assim um argumento fictício: o “espantalho”. A partir disso, o argumentador ataca o espantalho, desconsiderando o que seu adversário disse. Essa falácia é utilizada principalmente em debates políticos e produção de fakenews, sendo uma das mais nocivas por sua capacidade de influenciar a opinião pública. Exemplos de Falácia do Espantalho Nos exemplos citados abaixo, o argumentador B ataca o
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Áudio do post | Ouça também este áudio no Youtube! As falácias são formas de argumentar que tentam passar a impressão de conhecimento válido, no entanto, suas premissas são falsas ou incoerentes. Muitos gurus, líderes e políticos utilizam falácias contando com o fanatismo, a superstição, a fragilidade emocional ou a ingenuidade das pessoas. Muitas vezes, até mesmo nossas crenças pessoais, quando explicadas de forma argumentativa, apresentam premissas falsas que não havíamos
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“Post hoc” é um termo usado para se referir a um raciocínio muito comum entre pessoas supersticiosas. Corresponde à falsa atribuição de causa e efeito: se um evento ocorreu após outro, acredita-se que um é causa do outro. A ocorrência de coincidências tende a reforçar a crença de que, por exemplo, um amuleto, oração ou ritual traz proteção. Ou vestir roupas de certa cor traz boa sorte. Post hoc vem da expressão latina “post hoc ergo propter hoc” (depois
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Áudio do post | Ouça também este áudio no Youtube! A Profecia Autorrealizável é um conceito da sociologia moderna criado em 1949 por Robert K. Merton. Aplica-se principalmente aos grupos sociais. Sua ideia principal é: se uma previsão falsa estiver de acordo com as crenças ou expectativas de um indivíduo, ele é induzido a agir buscando confirmar a suposta profecia, tornando-a verdadeira. Merton criou este conceito ao analisar boatos sobre a falência de bancos. A notícia,
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Áudio do post | Ouça também este áudio no Youtube! Pseudoprofundidade é uma forma de falar coisas óbvias ou mal-intencionadas como se fosse algo novo, profundo e revelador. Apesar de não se tratar de uma falácia — mas sim de uma habilidade teatral — a pseudoprofundidade costuma caminhar lado a lado com as falácias, pois é uma forma de camuflar argumentos fracos, incoerentes ou desonestos com um falso revestimento de “conhecimento profundo” ou “sabedoria
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Áudio do post | Ouça também este áudio no YouTube! A falácia do argumento divinizado é uma versão religiosa da falácia do apelo à autoridade. Essa falácia é uma tentativa de criar uma premissa supostamente válida de autoridade inquestionável, que é a própria vontade de Deus. Entretanto, aquilo que está sendo colocado como “vontade de Deus”, não é uma interpretação sincera dos textos religiosos, mas sim uma duvidosa interpretação pessoal que visa justificar
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Áudio do post | Ouça também este áudio no Youtube! A falácia do apelo à ignorância (argumentum ad ignorantum) ocorre quando, para afirmar que algo é verdadeiro, dizemos que é verdadeiro pois não foi provado que é falso, e vice-versa. Por exemplo: uma pessoa que acredita em duendes pode afirmar que eles existem porque não foi provado que não existem. O nome dessa falácia vem da alegação do argumentador de que ignoramos supostos fatos envolvidos para, em seguida, concluir a
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A falácia da rampa escorregadia é um tipo de alerta exagerado. Normalmente afirma que, se você der aquele passo, vai escorregar com consequências drásticas. Derrapar e escorregar são metáforas comuns nessa argumentação falaciosa. É também conhecida como “bola de neve”, pois afirma — de forma alarmante — que as consequências virão como uma bola de neve, crescendo cada vez mais. Por exemplo: um amigo diz ao outro que vai sair com uma garota. O
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Áudio do post | | Ouça também este áudio no Youtube! A falácia do apelo à autoridade é muito comum em comerciais e debates políticos. Basta lembrar das celebridades que recomendam produtos e dos políticos que citam pesquisas. Algumas celebridades aconselham que você compre um produto que elas mesmas nunca usariam, pois apenas estão utilizando sua imagem para passar “credibilidade”. Muitas vezes, políticos citam pesquisas que eles nem conhecem profundamente,
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Falácias não são apenas formas incorretas de argumentar, mas também formas incorretas de pensar. Contudo, mesmo pessoas inteligentes recorrem conscientemente às falácias, pois são atalhos para encurtar o debate, fugir do assunto ou enganar o público. Líderes religiosos, empresários e políticos utilizam falácias contando com o fanatismo, superstição, baixa escolaridade, fragilidade ou ingenuidade das pessoas. No argumento falacioso as premissas não sustentam a
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Áudio do post | Ouça também este áudio no Youtube! A falácia do ataque ao argumentador — também conhecida pelo seu nome em latim argumentum ad hominem — é utilizada para fugir do debate ou da conversa atacando a pessoa do argumentador, não o argumento. É uma artimanha muito comum, utilizada na política e no cotidiano. Muitas pessoas utilizam ad hominem mesmo sem conhecimentos sobre falácias, pois este tipo de argumentação brutalizada é tão comum que as pessoas
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