FILOSOFIA

Artigos de Netmundi.org - Filosofia na Rede

“Penso, logo existo”: Descartes e a superação do ceticismo

“Penso, logo existo” (em latim: cogito ergo sum) é também um ataque ao ceticismo. O objetivo de Descartes(1596-1650)  era criar condições para adquirir um conhecimento seguro. Entretanto, a tradição cética havia estabelecido que o homem não pode ter certeza de nada. Todo conhecimento é inseguro e não está livre de dúvidas. Portanto, para buscar a certeza seria preciso superar os céticos. Descartes precisava somente de uma coisa: uma única certeza absoluta. Para ... Leia Mais >>

Sua crença é verdadeira e justificada?

Eu acabo de lavar a louça e vou para a sala ver televisão. Na sala alguém pergunta se a louça está lavada e respondo que sim. Minha crença (de que a louça está lavada) é verdadeira e justificada, pois eu mesmo lavei a louça (minha justificativa) e se alguém for na cozinha verá a louça lavada (é verdadeira).  Esta é a concepção clássica da teoria do conhecimento, um ramo da filosofia também chamado de epistemologia: conhecimento é crença verdadeira ... Leia Mais >>

Giordano Bruno: mártir da ciência

O teólogo e filósofo Giordano Bruno (1548-1600) foi condenado à morte pela Inquisição sob a acusação de heresia por defender uma visão de universo original para a época, afirmando que o universo era infinito e que poderiam existir vários sistemas solares além do nosso; vários mundos com possibilidade de vida inteligente.  A Terra não seria centro do universo, pois no infinito não existiria centro absoluto, apenas centros relativos. Porém, afirmar a infinitude do ... Leia Mais >>

A lápide e a escada de Wittgenstein

Wittgenstein é considerado uma das mentes brilhantes do século XX. Suas investigações filosóficas deram um novo rumo à filosofia, que passou a investigar a linguagem. Era um lógico brilhante e um filósofo obcecado. Em vez de investigar as proposições da filosofia, investigou a proposição em si, avaliando a forma como usamos a linguagem. Morreu antes de seu mestre, o filósofo Bertrand Russell (este viveu até demais). A lápide de seu túmulo, em Cambridge, possui a miniatura ... Leia Mais >>

O Motor Imóvel ou Deus segundo Aristóteles

O Motor Imóvel é um conceito aristotélico que pretende demonstrar racionalmente a existência de um princípio supremo da natureza. Contudo, não devemos comparar este conceito com a ideia de Deus da tradição judaico-cristã, pois o Motor Imóvel não é uma ideia de um Ser que se importa com o mundo. Para Aristóteles, tudo tende para esse princípio, que movimenta todas as coisas. Utilizando uma comparação do próprio Aristóteles, ele é como o ser amado que atrai o amante ... Leia Mais >>

O poder da mitologia grega

Os mitos foram as primeiras tentativas da humanidade de compreender o mundo. As primeiras culturas, surgidas em 10.000 a.C, buscavam compreender a realidade recorrendo ao pensamento mítico. Todas as civilizações antigas basearam suas culturas nos mitos, como as civilizações grega e egípcia. É importante enfatizar que, aquilo que chamamos mitologia, correspondia a uma verdade intuída expressa de forma simbólica. A civilização grega teve sua mitologia registrada pelas obras do poeta ... Leia Mais >>

O Renascimento e a revolucionária arte do retrato

Um dos traços marcantes do Renascimento (século XV ao XVII) foi o interesse pela individualidade.  Essa característica  marcou a filosofia, a arte e a literatura da Idade Moderna (XV ao XVIII) e se mantém até nossos dias. Um exemplo bastante ilustrativo ocorreu na arte do retrato, onde artistas  italianos buscavam retratar ao extremo as singularidades de uma pessoa. A Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, é a obra máxima da arte do retrato no renascimento. Esse interesse pela ... Leia Mais >>

Nietzsche e os filósofos pré-socráticos

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) considerava os pré-socráticos os verdadeiros filósofos, pois criaram uma filosofia voltada para a vida e seu dinamismo; para a investigação da unidade da realidade através da contemplação da natureza. Por isso foram chamados de “filósofos da natureza” ou “filósofos da physis”. Heráclito, um dos pré-socráticos que influenciaram Nietzsche, declarou que “um mesmo homem nunca se banha no mesmo ... Leia Mais >>

Friedrich Nietzsche: apolíneo e dionisíaco

Apolíneo e dionisíaco são dois conceitos da filosofia de Nietzsche que simbolizam impulsos fundamentais do ser humano, responsáveis pelo surgimento das grandes obras criativas — no exemplo dado por Nietzsche, a tragédia helênica e os primeiros filósofos. Apolíneo é uma referência ao deus Apolo, que ilumina, embeleza e traz limites definidos. Dionisíaco é referência ao deus Dioniso, o deus das festas e da embriaguez, com seu mundo sombrio, sem contornos, assustador. O equilíbrio ... Leia Mais >>

Epicuro de Samos: a filosofia do prazer

Epicuro de Samos (341 – 270 a.C) é o filósofo do prazer. Em sua filosofia, o prazer é considerado o bem supremo, contudo, Epicuro era frugal, simples e despojado. Para ele, aquele que se farta de prazer não sabe viver, muito menos consegue ser feliz. Isso ocorre porque o prazer em excesso torna-se dor, ou até mesmo infelicidade. Por isso Epicuro aconselhava que os prazeres que posteriormente causam dores deveriam ser evitados. E até mesmo certa medida de dor, causada pela força de ... Leia Mais >>

A Crítica da Razão Pura: decifrando o título

A Crítica da Razão Pura, de Immanuel Kant (1724-1804), é considerado um dos livros mais influentes da filosofia. No entanto, é também de difícil compreensão devido a uma terminologia criada pelo próprio Kant. Até mesmo o título do livro tem de ser decifrado. “Crítica” tem o sentido de análise e “Razão Pura” significa a razão que não é afetada pelos sentidos, um conhecimento comum a todos, inato, que Kant chamou de a priori. Então, o título ... Leia Mais >>

Imperativo Categórico: nossos valores morais podem ser universais?

Imperativo categórico é um termo criado pelo filósofo prussiano Immanuel Kant (1724-1804) para estabelecer sua filosofia ética. Kant nos pergunta: quais valores morais podem tornar-se leis universais? É possível, por exemplo, transformar a corrupção em lei universal? Se uns roubam é porque outros produzem. Então, se todos roubassem, logo não existiria mais nada a ser roubado; o roubo não seria mais possível. Então, a corrupção é moralmente ruim. Outro exemplo: o assassinato ... Leia Mais >>
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