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Van Gogh: biografia e 1.300 imagens para ver e baixar

Van Gogh Biografia

O pintor holandês Vincent van Gogh (1853 – 1890) é um dos artistas mais influentes do século XX. Atualmente seus quadros estão entre os mais caros do mundo, contudo, na sua época, seu estilo era considerado estranho e incompreensível.

Viveu na pobreza e na solidão; era sustentado pelo irmão Theo, um comerciante de arte que tentava vender as obras de Van Gogh sem sucesso. Durante toda sua vida vendeu apenas um quadro, a “Vinha Encarnada”, para a pintora belga Anna Boch por 400 francos. Acredita-se que, em algumas ocasiões, teria trocado alguns de seus quadros por pratos de comida e material de pintura.

Resumo biográfico


Van Gogh era filho de um pastor protestante. Boa parte de sua educação inicial foi recebida em casa. Desde criança demonstrou dons artísticos e foi incentivado pela mãe a desenhar.

Quando foi enviado à escola do vilarejo — e posteriormente para um internato —, não conseguiu se adaptar, escrevendo depois que esses foram os anos mais infelizes de sua vida. Apesar disso, aprendeu inglês, francês e alemão.

Na juventude, abandonou os estudos para trabalhar como comerciante de arte, porém, também não se adaptou. Aos 24 anos, decidiu ser evangelizador e estudou teologia em Amsterdã, mas abandonou o curso para trabalhar como missionário nas minas de carvão de Borinage, na Bélgica.

Contudo, o comportamento incomum desagradou seus superiores: distribuiu seus bens aos pobres, cedeu seu quarto para um sem teto e dormia em barracões. Acabou sendo dispensado. Seu pai ficou tão frustrado que queria interná-lo em um hospício.

Aos 27 anos, decidiu trilhar a vida artística. Durante dez anos, produziu cerca de 800 pinturas e centenas de desenhos. Seu grande apoiador foi o irmão Theo, único e verdadeiro amigo, com quem trocou centenas de cartas.

Posteriormente, essas correspondências contendo desenhos e ideias —, seriam valiosas fontes de informação sobre a vida e a obra do pintor holandês. A grande quantidade de cartas não é exagero; o hábito de escrever muitas cartas era comum antes do telefone.

Van Gogh tinha surtos psicóticos, era paranoico e obsessivo. Ainda que tentasse manter relações de amor e amizade, seu comportamento afastava as pessoas. Sua breve amizade com o pintor Paul Gauguin é um exemplo disso: quando os dois discutiram, Van Gogh cortou a própria orelha.

Frequentemente, não lembrava dessas crises. Sua saúde mental foi agravada pelo estilo de vida insalubre: comia e dormia pouco, bebia e fumava muito. Alternava entre bom humor e depressão.

Preferia pintar paisagens e a vida no campo, onde sentia-se mais calmo. Porém, devido à personalidade instável, acumulou conflitos entre os camponeses, que o consideravam louco e perigoso.

Voluntariamente se internou no manicômio Saint-Paul de Mausole, em Saint-Rémy, onde pintou o último autorretrato e A Noite Estrelada. Seus últimos trabalhos utilizavam cores vivas e demonstravam preocupação com o movimento, expresso através de ondulações, e já representavam o amadurecimento do estilo emotivo que marcaria a arte do século XX.

Este estilo vibrante diferia de seus primeiros trabalhos, caracterizados por cores sombrias e terrosas.

Em julho de 1890, Van Gogh disparou um revólver contra a barriga. Estava trabalhando no campo e conseguiu retornar caminhando; foi atendido pelos médicos locais que não puderam lhe operar.

A versão do suicídio é controversa. Para muitos, Vincent foi atingido acidentalmente por dois conhecidos rapazes da região, mas disse que atirou contra si mesmo para protegê-los. Essa tese foi defendida nos filmes No Portal da Eternidade e Com Amor, Van Gogh, dois belíssimos filmes sobre a vida do artista.

Morreu dois dias depois nos braços de Theo. Seis meses depois, Theo também faleceu, pois sua frágil saúde deteriorou após a perda do irmão, sendo enterrado ao lado de Van Gogh.

Van Gogh: a arte como emoção


Van Gogh é um exemplo de gênio trágico incompreendido. Pintava compulsivamente impelido por chama intensa e incontrolável. Suas pinceladas eram espontâneas e vigorosas, fazendo alguns quadros parecerem feitos com argila. Seu estilo negava imposições acadêmicas e expressava a necessidade de exteriorizar emoções.

Na época, o impressionismo era o estilo mais difundido: o artista deveria registrar sua primeira impressão da natureza, sugerindo ainda um método a ser seguido.

Van Gogh era o oposto disso. Fazia uso das cores de forma abstrata, não se guiando pela imagem observada, mas pela forma como sentia a realidade. Sua enorme produção sugere a necessidade de estar sempre pintando e desenhando percepções interiores, não se importando com as correntes artísticas de seu tempo.

Futuramente, críticos de arte classificariam Van Gogh como pós-impressionista, um movimento contrário às academias tradicionais. Sua contribuição foi resgatar a emoção como fonte fundamental de inspiração e criação, influenciando toda a arte do século XX.

Vincent van Gogh – 1.300 imagens para ver e baixar


Música Starry Starry Night (1971): homenagem a Vincent van Gogh


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AutorAlfredo Carneiro – Graduado em Filosofia e pós-graduado em Filosofia e Existência pela Universidade Católica de Brasília.

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