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A Falácia do Falso Dilema

Falácia do Falso Dilema

A falácia do falso dilema é comum em argumentos que apresentam duas opções como se fossem as únicas possíveis, ocultando assim outras opções. Essa falácia induz as pessoas a tomarem decisões equivocadas e basearem suas opiniões em informações incompletas.

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    A falácia do falso dilema é também conhecida como “dicotomia falsa” ou “dilema aparente”. É frequentemente utilizada em debates políticos, comerciais e largamente difundida nas redes sociais. Por exemplo, em uma campanha política, um candidato pode afirmar que o eleitor deve escolher entre segurança ou liberdade, como se a política não envolvesse também economia, educação, saúde, etc.

    É um típico raciocínio “ou isso ou aquilo” que tenta limitar a capacidade de percepção. Quem usa essa falácia espera que seu ouvinte ou leitor não tenha conhecimento suficiente sobre o tema.

    Outro exemplo é a compra de um produto. Se pretendo comprar um celular novo, faço uma pesquisa de preços, configurações e fabricantes. Na loja, o vendedor apresenta dois celulares diferentes e declara: “só existem essas duas opções no mercado nesta faixa de preço. Imediatamente percebo que o vendedor criou um falso dilema, pois, como havia feito uma pesquisa, sei que existem mais opções (e outros lugares para comprar).

    A falácia do falso dilema é uma forma de manipulação que tenta restringir as possibilidades. Ao limitar propositalmente as alternativas, essa falácia impede o desenvolvimento de soluções mais inovadoras e criativas.

    É importante apurar as afirmações e as opções apresentadas, evitando argumentos simplistas e maniqueístas. Questionar verdades aparentes não é apenas uma tarefa da filosofia, mas de qualquer pessoa racional.

    AutorAlfredo Carneiro – Graduado em Filosofia e pós-graduado em Filosofia e Existência pela Universidade Católica de Brasília.