A nova literatura

Este post não é totalmente meu. Este texto é uma transformação de um outro texto. Ele é baseado na leitura do artigo Quando a técnica se faz texto ou a literatura na superfície das redes, de Ana Cláudia Viegas. É essa transformação que caracteriza a nova literatura. No entanto, essa dinâmica também cria debates sobre as  “ameaças” das tecnologias digitais.

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No texto, a autora cita o diálogo entre Teut  e um rei egípcio. Teut defende uma nova tecnologia : a escrita. O rei egípcio argumenta que essa nova técnica iria tirar dos homens a capacidade de se lembrar das coisas, uma vez que poderiam recorrer à escrita.

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Ora,  a escrita está aí. Contribuiu para a evolução da civilização, a construção das cidades, criação  de estados e a disseminação de muitas culturas e conhecimentos.  O surgimento de novas tecnologias parece ter uma dinâmica que se repete sempre, que é  o debate entre os “integrados” e os “apocalípticos”. Como diz Pierre Levy em seu livro Cibercultura : “Parece que o passado não é capaz de nos iluminar”.

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No entanto, o que será a nova literatura ? Uma resposta possível é a criação coletiva de textos e a leitura hipertextual. Um exemplo claro é a wikipédia. Blogs, como esse, também são um ótimo exemplo. O texto é fragmentado, são segue uma ordem sequencial como acontece com os livros. As palavras que geram dúvidas ou que possam ter mais de um sentido são linkadas para outro texto que as esclarecem. Os textos na internet ligam-se através de links formando uma gigantesca “teia virtual” de conhecimento. Os posts dos blogs recebem comentários e se transformam, pois não se trata apenas da ideia do autor do texto e sim de um texto dinâmico onde autor e leitor se confundem.

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Nesse contexto, o conceito de direito autoral se dilui na  rede e gera, novamente, um novo debate. Um debate que parece um eterno devir do conflito entre o velho e o novo.

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Essa mudança na literatura é apenas um reflexo das profundas mudanças provocadas pelas tecnologias digitais. Um contraste entre um mundo estático e territorialista e um mundo que se transforma rapidamente através do movimento livre das ideias e das pessoas em um mundo virtual.