Inteligência coletiva é um conceito criado pelo filósofo da informação Pierre Lévy para demonstrar como o conhecimento compartilhado na internet se multiplica e se transforma, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de ideias e soluções.
Um artigo ou vídeo publicado nas redes sociais, por exemplo, pode receber críticas, elogios e sugestões de qualquer pessoa. O usuário final da informação, diferente do que ocorria com a TV, deixou de ser receptor passivo para se tornar agente de ativo de transformação do conhecimento.
O conhecimento não é mais recebido conforme criado originalmente, pois o usuário final recebe a informação já transformada pela participação coletiva. Essa transformação pode ser positiva, com acréscimo de novos dados, ou negativa, com críticas que desqualificam o conteúdo.
Apesar disso, podemos observar na internet uma extensão da manipulação que já acontecia nos meios de comunicação tradicional. Governos, partidos políticos, empresas e emissoras disseminam valores e ideias que atendem somente aos seus interesses, não da coletividade.
A inteligência coletiva — uma das grandes promessas da cibercultura — só pode se desenvolver plenamente se existir amadurecimento das formas de cooperação, colaboração ativa e valorização do pensamento crítico. Sem esses fatores a internet é apenas campo aberto para disseminação de falsas informações e manipulação em massa.
